Sessão de Relato de Caso


Código

RC328

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte

Autores

  • MURILLO OTAVIO DOS SANTOS MAYRINK (Interesse Comercial: NÃO)
  • LAURA MORAES DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • JOSIANE LILIAN SOUZA LIMA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

UVEITE INTERMEDIARIA POR TUBERCULOSE

Objetivo

Relatar o caso de paciente previamente hígido com diagnóstico de uveíte intermediária em olho direito por tuberculose atendido na urgência de oftalmologia da SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE ( SCMBH) em novembro de 2022.

Relato do Caso

Paciente, 34 anos, sem comorbidades, atendido em serviço de urgência oftalmológica com queixa de BAV em olho direito há 01 mês. Ao exame neste olho, apresentava acuidade visual 0,2, celularidade vítrea e fundo de olho com alteração do brilho retiniano difusamente, com lesão em arcada nasal superior e micro hemorragias em arcada temporal inferior. Ao exame de OCT, detectou-se rarefação de retina externa. Ao exame Angiofluoresceinografia, a presença de vasculite e capilarite abrangendo vasos de alguns quadrantes, edema macular e microaneurismas dispersos em final de arcada temporal inferior. Após a realização de exames laboratoriais e amplo rastreio infeccioso, o único exame alterado foi o PPD, cujo valor era 15 MM. Radiografia de tórax sem alterações. O paciente foi encaminhado ao infectologista e submetido ao tratamento RIPE, apresentando melhora significativa do quadro. Em sua última avaliação, após 2 meses de uso do esquema RIPE, o paciente não apresentava mais celularidade vítrea, o fundo de olho não apresentava alterações e a acuidade visual era 0,5.

Conclusão

O diagnóstico de tuberculose ocular é feito através do quadro clínico e exames como a baciloscopia, cultura, radiografia de tórax, teste tuberculínico e dosagens de citocinas, como IGRA. A tuberculose é uma doença endêmica no Brasil. Apesar de não produzir qualquer lesão patognomônica no olho, devemos considerá-la como causa provável quando nos depararmos com um quadro de uveÍte granulomatosa, coroidite multifocal, vasculite retiniana ou uveíte posterior sem causa conhecida aparente. O diagnóstico e o tratamento precoces são capazes de prevenir a cegueira nestes pacientes.

Promotor

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Organização

Organizadora

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