Sessão de Relato de Caso


Código

RC257

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual - IAMSPE

Autores

  • BEATRIZ MOURA DE LUCENA (Interesse Comercial: NÃO)
  • RICARDO CARDOSO DE MATOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • MÁRGARA ZANOTELE (Interesse Comercial: NÃO)

Título

OCLUSAO MISTA COM ARTERIA CILIORRETINIANA PATENTE – RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever as manifestações clínicas e a evolução do quadro de um paciente com oclusão mista de retina associado a artéria ciliorretiniana patente.

Relato do Caso

MFO, masculino, 61 anos, sem comorbidades conhecidas ou uso crônico de medicamentos. Atendido no pronto socorro oftalmológico do IAMSPE queixando-se de oscilação da acuidade visual (AV) no olho direito (OD) há 24 horas e piora súbita após aparecimento de escotoma central. Apresentava AV de conta dedos a 4 metros no OD e 20/20 no olho esquerdo. Ao mapeamento de retina do OD, revelou disco róseo borrado temporalmente por hemorragia papilar; palidez difusa de retina, poupando região peripapilar temporal; mácula em cereja; hemorragias intrarretinianas esparsas nos quatro quadrantes e tortuosidade venosa difusa. A tomografia de coerência óptica (OCT) do OD apresentou edema e hiperrefletividade da retina interna, com hiporrefletividade da retina externa. Indicada pronta internação hospitalar para investigação sistêmica de risco tromboembólico por hipótese diagnóstica de oclusão vascular retiniana mista, arterial e venosa. Em avaliação conjunta com neurologia e cardiologia, os exames complementares (como estudo das carótidas e ecocardiograma) incluíam-se nos padrões de normalidade. Nove dias após o quadro inicial, a angiofluoresceinografia demonstrou reperfusão retiniana associada a patência de artéria ciliorretiniana. No retorno ambulatorial cerca de um mês após o início dos sintomas, apresentava AV com orifício estenopeico de 20/25 no OD. Ao exame fundoscópico: disco óptico róseo, bem delimitado, mácula sem alterações, redução das hemorragias intrarretinianas, vasos tortuosos e ingurgitados 360°. OCT demonstrava melhora da região de hiperrefletividade em camadas internas da retina. Um ano e nove meses depois, manteve AV de 20/25 no OD, com percepção de escotomas paracentrais e fundoscopia dentro dos padrões de normalidade.

Conclusão

Paciente com oclusão mista de retina evoluiu com significativa melhora da AV a partir de um mês de seguimento, devido à presença de artéria ciliorretiniana patente.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

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