Sessão de Relato de Caso


Código

RC150

Área Técnica

Oftalmopediatria

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos Santa Luzia

Autores

  • LORENA REIMINE GUERRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Marília Rocha Costa (Interesse Comercial: NÃO)
  • Matheus Fernandes Araújo de Almeida (Interesse Comercial: NÃO)

Título

AMBLIOPIA POR ANISOMETROPIA MIOPICA EM CRIANÇA DE 7 ANOS DE IDADE, RESPOSTA COMPLETA AO TRATAMENTO

Objetivo

Descrever caso de ambliopia por anisometropia miópica em criança de 7 anos de idade que nunca realizou tratamento prévio, com difícil acesso a serviço oftalmológico especializado, que obteve resposta total ao tratamento.

Relato do Caso

Paciente masculino, 7 anos, procedente de Brejinho-PE, em primeira consulta oftalmológica mãe queixa de dificuldades de aprendizado na escola. Referiu diagnóstico de Asperger, história familiar de tio paterno míope. Acuidade visual (AV) não corrigida de 0,05 no olho direito (OD), e 0,25 no olho esquerdo (OE), sem alterações da motilidade ocular extrínseca, sem alterações à biomicroscopia. À fundoscopia coroidose difusa, mais acentuada em OD. A refração sob cicloplegia foi de: OD: -9,00DE<>-1,50DCx170º (AV=0,13), OE: -1.75DE<>-2.00DCx05º (AV=0,67). Realizados retinografia (figura1), biometria óptica (figura2) e topografia (figura3) para documentar a natureza da anisometropia. O comprimento axial foi de OD: 27,03 mm, OE: 24,16mm. Optado por prescrição da refração sob cicloplegia total, uso constante dos óculos, e oclusão com tampão na pele do olho não dominante (OE) por 8 horas por dia. Após 8 meses de acompanhamento, com boa aceitação dos óculos e boa adesão do tampão, atingiu e manteve AV corrigida de OD: 1,00 e OE: 1,00-². A criança apresentava, com óculos, ortoforia longe e perto; ao exame das luzes de Worth, apresentava para longe ora fusão, ora supressão de OD, e para perto fusão; ao teste das 4 dioptrias prismáticas apresentava fusão bifoveal; e estereopsia ao teste de Titmus de 200 segundos de arco.

Conclusão

O diagnóstico da criança foi de ambliopia por anisometropia miópica não corrigida. A diferença no diâmetro axial entre os olhos de aproximadamente 3 mm justificava a diferença refracional. O tratamento foi instituído com correção óptica total, nunca usada pela criança, e oclusão em tempo parcial de olho não dominante. Ressaltamos que crianças toleram bem correções ópticas aniseicônicas e que tentativas de tratar ambliopia devem ser instituídas mesmo após os 7 anos, especialmente em nunca tratados previamente.

Promotor

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67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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