Sessão de Relato de Caso


Código

RC294

Área Técnica

Trauma/Urgências

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Regional de Presidente Prudente

Autores

  • MURILO YASSUO MISUCOCHI YUI (Interesse Comercial: NÃO)
  • Lucas Martins Diamantino (Interesse Comercial: NÃO)
  • Gabriel Veiga Mansur (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SINDROME DE TERSON SECUNDARIA A TOCOTRAUMATISMO

Objetivo

Síndrome de Terson (ST) é descrita como hemorragia intraocular secundária a sangramento no sistema nervoso central (SNC) com repercussão sobre a pressão intracraniana. Pode ter como causa, hemorragia subaracnóide (HSA), ruptura de aneurisma cerebral, acidente vascular encefálico hemorrágico, traumatismo crânio-encefálico, síndrome do bebê sacudido, entre outras. A hemorragia intraocular pode ser vítrea, subhialoide ou sub-membrana limitante interna, podendo ser tanto unilateral, como bilateral. A frequência da ST, associada a HSA varia de 10 a 40% nos adultos e até 70% nas crianças. A fundoscopia é o exame “gold standart” para a detecção de hemorragia intraocular nesses pacientes.

Relato do Caso

MMD, masculino, nascido a termo, foi admitido no setor de pediatria do Hospital Regional, aos 3 dias de vida, devido a tocotrauma durante parto normal em serviço externo. Devido a hipoxemia, foi internado em UTI neonatal. No terceiro dia de internação foi observado hiposfagma bilateral sendo solicitada avaliação oftalmológica. Ao exame: Ectoscopia de ambos olhos: hiposfagma temporal Fundoscopia de ambos olhos: hemovítreo discreto, papila nítida, macula mal definida, presença de hemorragia sub-hialóide em moderada quantidade, retina aplicada 360°. Após exame, foi suspeitado de Síndrome de Terson por tocotraumatismo, sendo solicitado TC de crânio que evidenciou a presença de hemoventrículo nos cornos occipitais dos ventrículos laterais, coleção hemática extra-axial aguda laminar junto à tenda cerebelar, fissura interhemisférica e parietal a direita e fratura de osso parietal a esquerda. Os achados intraoculares resolveram-se completamente em menos 2 meses, e após a alta, optou-se por manter seguimento ambulatorial no departamento de retina.

Conclusão

A absorção espontânea da hemorragia intraocular na ST, apresentou-se de forma rápida e satisfatória, não sendo necessário abordagem cirúrgica oftalmológica. A detecção de hemorragia intraocular nos pacientes com hemorragia encefálica, é fundamental no prognóstico de vida do doente, sobretudo em paciente pediátricos.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

Política de privacidade

Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801