Sessão de Relato de Caso


Código

RC252

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal do Pará (UFPA)

Autores

  • EVELLY CHRISTINNE DA SILVA MORAES (Interesse Comercial: NÃO)
  • EDMUNDO FROTA DE ALMEIDA SOBRINHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • RYAN JORGE AMORIM (Interesse Comercial: NÃO)

Título

OCLUSAO CONCOMITANTE DE ARTERIA CILIORRETINIANA E DE VEIA CENTRAL DA RETINA: UM RELATO DE CASO.

Objetivo

Relatar um caso de uma paciente que apresentou oclusão de artéria ciliorretiniana e de veia central da retina simultaneamente em acompanhamento no setor de Oftalmologia do Hospital Bettina Ferro de Souza.

Relato do Caso

Paciente W.G.P., sexo masculino, 69 anos, procedente de Belém-Pará, iniciou acompanhamento no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza com queixa de fotopsia e baixa acuidade visual OD. Ao exame apresentou acuidade visual sem correção de 20/200 em AO e com correção de 20/400 em OD e 20/30 em OE. À biomicroscopia, observou-se catarata AO e à fundoscopia em OD disco óptico rosado com escavação fisiológica, mácula e área máculo-papilar pálidas, aumento do calibre de veias retinianas, microhemorragias difusas e oclusão de veia central da retina (IMAGEM 1); em OE sem alterações. Na Tomografia de Coerência Óptica apresentou aumento de refletividade em retina neurossensorial interna e faixa hiporreflexiva comprometendo todas as camadas externas em OD. À Angiofluoresceinografia em OD observou-se retardo no enchimento da artéria ciliorretiniana e pequenas áreas hipofluorescentes correspondentes à microhemorragias retinianas (IMAGEM 2).

Conclusão

A retina é nutrida por vasos da coroide e pelos ramos da artéria central da retina1. Em 15-30% dos indivíduos a artéria ciliorretiniana caminha em direção à mácula, propiciando irrigação secundária1. A oclusão de artéria ciliorretiniana, quando concomitante com oclusão de veia central da retina, ocorre devido à queda da pressão hidrostática e do fluxo da artéria ciliorretiniana2. A doença oclusiva venosa e da artéria ciliorretiniana decorrem de trombose ou alterações vasculares, gerando isquemia e aumento de fator de crescimento vascular3. No exame oftalmológico observa-se palidez retiniana, dilatação e tortuosidade do segmento venoso afetado, hemorragia intrarretiniana, manchas algodonosas e edema da retina1,2,3. Clinicamente evolui com perda de acuidade visual central acentuada, súbita e irreversível2,3.A isquemia macular e glaucoma neovascular são grandes causas de morbidade visual3.

Promotor

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Organização

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